quarta-feira, junho 23, 2010

A empatia como solução ao Bullying


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Cada vez mais, neurocientistas, psicólogos e educadores acreditam que o bullying e outros tipos de violência podem ser realmente reduzidos, ao favorecer-se a empatia desde tenra idade. Ao longo da última década, a investigação na área da empatia - habilidade para colocarmo-nos no “lugar” dos outros - sugere que esta é uma das chaves, senão "a chave", para todas as interacções sociais humanas e para a moralidade.

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Mas tal como a linguagem, o desenvolvimento da empatia pode ser afectada por experiências precoces.

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"Em vez de se partir do pressuposto de que é necessário vencer a maldade da criança, deve-se focar na empatia e na compaixão da mesma", diz Dacher Keltner, professor de Psicologia da Universidade da califórnia, Berkeley, e autor de "Born to Be Good: The Science of a Meaningful Life

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Noutras palavras, deve-se começar por ensinar às crianças como compreender os seus comportamentos e sentimentos – trata-se das ferramentas básicas para compreender os comportamentos e os sentimentos dos outros. Por exemplo, quando se lida com uma criança que magoou outra, deve-se ajudá-la a processar a forma como se sentiu no momento em que o fez, segundo Gordon, fundador de Roots of Empathy, um programa escolar delineado para desenvolver a compaixão. (...) O truque é ajudar as crianças a descrever como se sentem, para que da próxima vez que algo aconteça, tenham linguagem para se expressar.

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Quando as crianças são capazes de compreender os seus próprios sentimentos, eles tornam-se também mais capazes de entender que a outra pessoa também foi magoada por ter sido agredida - esta "alteração" é a ignição para a mudança no comportamento.

Mas compreender o sofrimento sozinho não permite aprender sobre empatia, segundo Gordon, o que ajuda a explicar o porquê de as crianças que sofrem mais - por exemplo, devido a abusos em casa - têm maior probabilidade de se tornarem bullies (agressores). Isto não quer dizer que estas crianças não sabem o que é sentir ser-se magoado; significa antes que aprenderam que a violência é a forma como devem exprimir a sua raiva ou sentir poder.

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